quarta-feira, 3 de março de 2010

REPORTAGEM


GRITOS DE CULTURA URBANA


As tatuagens e o body piercing são uma constante no nosso dia-a-dia. Qual é a visão que a sociedade tem acerca deste assunto, sendo que tanto a tattoo como os piercings são uma parte integrante da Cultura Urbana? É um facto que muitas pessoas não se contentam em copiar estilos de vida de outros e preferem construir o seu próprio, dando assim início a uma era de "novos estilos de vida". As tatuagens e os piercings parecem constituir uma destas vagas.




Desde os mais remotos períodos históricos que o homem "marca" símbolos de cultura na pele. Para os egípcios tatuar o corpo era uma marca de religiosidade; nas comunidades primitivas do Pacífico, as marcas na pele funcionavam como sinal de ascensão social e no Japão as tatuagens eram usadas como maneira de punir. Apesar da concepção que as pessoas possam ter e dos riscos que implicam, a verdade é que a tatuagem e o body piercing fazem parte da nossa cultura de hoje.
Em algumas culturas juvenis, o desejo de viver “na margem” ganha forma através de manifestações corporais, que a sociedade percepciona como excessivas, divergentes ou transgressoras de limites e possibilidades de utilização decorativa do corpo. Por outro lado, a natureza revolucionária e contestatária investida nestas práticas tem vindo a ser convertida, à medida que vão sendo absorvidas pelo mainstream.
Em Lisboa, trata-se de um fenómeno recente, já que começou a ter visibilidade pública há cerca de 13 anos. Neste período de expansão, Lisboa passou a albergar um grande número de lojas dedicadas a esta prática, mas a qualidade nem sempre lhes era associada. Segundo Cristian Barcelos, tatuador da Lisboa Ink, não existem características ou traços comuns de quem adere a estas práticas, não indicando de um estilo de vida diferente. “Todas as pessoas estão habituadas a ver tatuagens e piercings, por isso não acho que haja uma certa elite ou sub-cultura para o fazer.” No passado pretendia-se, com estas práticas, ter um estilo de vida diferente, que hoje já se vulgarizou. Tornou-se quase impossível diferenciar dos demais quem adere a estas práticas para marcar a diferença.

Reportagem: JOANA REBELO MORAIS
Géneros Jornalísticos - 1ºano
2009

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